"Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente."
Durante essa semana tenho lido um livro, desses de auto ajuda, que promete fazer que com sejamos mais confiantes. Confesso que tenho um relacionamento bastante complicado com minha própria imagem, e resolvi apelar para esse recurso.
Mas a verdade é que, ao ler, tenho percebido que é muito mais difícil do que eu tinha imaginado. Aceitar a si mesmo talvez seja a coisa mais complicada que eu tenha tentado fazer em toda minha vida.
Com certeza se alguém pede para você descrever outra pessoa, você rapidamente estabelece todos os traços de personalidades, defeitos e qualidades daquela pessoa. Se é grossa, se é meiga, humilde, ou talvez exibida. Se é bonita, se é feia, se é magra demais ou gorda demais! Se é antipática ou uma boa companhia. Enfim, descrever os outros é muito fácil. Mas descrever a nós mesmo é uma tarefa muito difícil, pelo menos para mim.
Quando eu era criança, era muito boa em redação, em inventar histórias, contar sobre minhas férias, minha família, meus amigos. Gostava de lê livros e depois o contava-o de "cabo a rabo". Mas uma das coisas que me colocava em desespero era quando a professora pedia uma redação com o tema: "eu". Eu? O que eu ia falar de mim?
Falar de mim sempre foi difícil. Aceitar algumas coisas sobre mim, piores.
Mas e aí, o que eu iria falar sobre mim? Talvez eu até podia contar quando eu nasci, onde eu morava, onde estudava, quem eram meus poucos amigos. Mas na hora de descrever o meu "eu", o que estava dentro de mim, não saia. E até hoje não sai.
É muito mais fácil ajudar os outros, do que ajudar a nós mesmo!
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